terça-feira, 13 de dezembro de 2011

#Bom humor é imprescindível


Bom humor é imprescindível quando se trata de uma viagem internacional. Principalmente na Europa.

Bom humor é imprescindível quando seu celular desperta às 06:15, e você (tonto de sono), precisa se preparar para pegar dois trens, que vão te embarcar numa viagem de três horas de duração.

Saímos em direção a estação ferroviária de Verbana-Pallanza, em Gravellone Toce. Validamos o ticket, e tentamos confirmar o horário do embarque com a moça que trabalhava lá (mal sabíamos nós que ela estava tentando, desesperadamente, falar pra gente atravessar para o outro lado da plataforma para pegarmos o trem que tinha acabado de chegar). Perdemos o primeiro trem. O segundo passou por volta de 07:43. Bom humor é imprescindível quando o trem não se é do jeito que você espera que seja. A ‘confortabilidade’ do trem era diferente de BOA. Ficamos muito sem jeito, e sem conseguir pegar no sono por quase uma hora e meia. Foi muito legal ver os diversos bairros da região, e como as casas se dispunham nas ruas e avenidas. Comi umas quatro mexericas italianas.


Bom humor é imprescindível quando se desce em uma estação, onde você não sabe nem para que lado ir. Quer uma dica? Siga o fluxo. Na maioria das vezes da certo. Acabávamos de chegar na estação de Milão Porto Garibaldi, onde pegaríamos (em trinta minutos) o trem FrecciaRossa. A estação mais parecia um shopping do que um local de embarque e desembarque. Começamos a corrida contra o tempo, tentando nos comunicar com as pessoas, até que uma delas conseguiu arranhar no inglês com a gente. Eram duas senhoras muito simpáticas que iam pegar o mesmo trem. Conseguimos bater algumas fotos antes de descobrir que o trem partiria da plataforma 14, e que nosso vagão era o 07.



Bom humor é imprescindível quando se está em um trem perfeito, e a única coisa que você não consegue fazer, é a que você mais quer: dormir. Em contrapartida do primeiro trem, o FrecciaRossa é incrível. O único problema da classe executiva é a cadeira que não deita. Apesar de bem estofada, foi bem difícil conseguir cochilar. Tive que relembrar meus tempos de escola, e fazer a posição da carteira para conseguir dormir. Demoramos em torno de uma hora e alguns minutos até chegarmos em Florença.

Assim como em Porto Garibaldi, ficamos sem saber qual direção tomar na estação. Mas uma coisa era certa: precisávamos de um mapa. O albergue que nós tínhamos feito a reserva, ficava em um lugar bem longe do centro da cidade. Saber (exatamente) qual ônibus pegar, era imprescindível.


Quando você entra em um ônibus numa cidade que você não conhece, e que você não sabe nem se levanta a mão para dar o sinal de parada, e que os riscos de você ir para um lugar bem longe do qual você precisa ir se tornam maiores... o bom humor se torna imprescindível. Ficamos com o mapa tamanho A2 aberto no meio do ônibus, com nossas malas ocupando 4 cadeiras, sem saber o que fazer. No meio do caminho, uma jovem moça (numa tentativa vã de tentar entrosar com a gente falando em italiano), nos ajudou a descer do ônibus no exato lugar onde pegaríamos o outro.



Bom humor é imprescindível quando você conhece gente de mais que quer ajudar (mas na verdade, só atrapalha), e quando a chuva começa a cair. Empolgados por estarmos “chegando” no albergue com a ajuda de uma outra menina, nos preparamos para descer do ônibus no ponto que ela mostrasse (antes tivéssemos ido com nossas próprias pernas). Paramos em um lugar muito longe de onde precisávamos descer. Como estávamos sem guarda-chuva, molhar era inevitável. Conseguimos algumas informações com uma inglesa que estava comprando carne no açougue, e mesmo assim ainda tivemos muita dificuldade para entender como chegar. No final das contas, pegamos o ônibus de volta, descemos em um ponto mais ‘próximo’ do albergue, e andamos a pé. Bom humor é imprescindível quando você acha que ia andar alguns quarteirões, e fica meia-hora andando a pé (na chuva). Imagina andar da av. Santa Rosa até o Igreja Batista Getsêmani. Foi algo parecido com isso, porém, misturado com muita chuva, muito barro e muita mala pesada. Ah, eu estava com tênis branco!

Parte do caminho que tivemos que percorrer para chegarmos no albergue. Foram uns 20 minutos andando na cidade e mais uns 15 minutos pra subir esse caminho até chegar na Villa Camerata.
No final das contas, chegamos ao albergue. Preferimos ficar num quarto só eu e o Guilherme, ao invés de buscar bom humor para partilhá-lo com mais seis pessoas desconhecidas.

Mal sabíamos nós que o bom humor precisaria ser usado o dia todo...







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